Quem nunca sonhou em morar fora de casa?
Sair do interior e se deliciar com as maravilhas que uma cidade grande pode nos proporcionar?
Arranjar um emprego, morar sozinho e ter suas próprias responsabilidades?
Tudo isso se encaixa no desejo que nos seduz desde que nos entendemos por gente e se traduz em uma única palavra: Liberdade.
Mas será mesmo que conseguimos ser livres?
Se parássemos para pensar em como na realidade tínhamos liberdade quando éramos menores, e a perdemos ao encontrá-la de fato, saberíamos que a liberdade da qual aspiramos, lutamos e conquistamos, trata-se na verdade de uma corrida incessante atrás de dinheiro, status e progresso.
Tais coisas não trazem e nunca trarão o verdadeiro e real sentimento de poder sentar em um sofá as 16 horas da tarde para assistir um filme qualquer, conversar com um amigo, almoçar com a família, respirar e sentir, sem pensar no futuro ou em como deveríamos nos dividir em cinco para fazer tudo que precisamos em um único dia.
Esquecemos o real sentido da vida, o de viver, e ao em vez disso, escolhemos permanecer em uma eterna corrida à escravidão física e mental, que pode sim nos levar a algum lugar, mas nunca trará de volta o que deixamos um dia passar.