Sábado à tarde.
Dentro
do carro e pensando na vida, retornava à minha cidade Natal.
Como fazia todo (ou
quase todo) sábado.
De
repente, começou a chover.
Até
então era apenas isso.
Eu,
a chuva, e o trânsito lá fora.
Uma
sintonia que zumbia no interior da minha mente e talvez fizesse mais barulho do
que milhões de pessoas conversando em um bar com muita bebida.
Mas
o barulho foi interrompido por uma dúvida que me persegue e que, naquele
momento, silenciou tudo que estava em volta:
A
onde eu quero chegar?
A
sensação é de estar andando à procura de algo que eu não faço ideia do que
seja.
De
repente minha voz interior me diz: procura menina, você é grandinha e têm que
se achar sozinha!
Como
se fosse fácil.
A
dúvida de pra qual lado ir e até quando seguir me enlouquece aos poucos.
Bem
aos poucos.
Olhei
para fora da janela, e muitas gotinhas estavam grudadas nela.
Com
o vento elas se mexiam e, quando pareciam seguir para um lado, acabavam indo
para outro, até se esgotarem no fim do vidro.
Senti-me
uma gota d'agua.
Será
que essa é a minha vida?
Gotas que se dispersam
por caminhos diferentes e que, de vez enquando, se encontram e seguem juntas,
até que, de novo, evaporam por ai?
Com
os dedos pude seguir as tais gotas e quis ver a onde elas iriam dar.
Para
a minha surpresa, nem elas eu pude controlar.
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