quarta-feira, 28 de julho de 2010

Notas da Discórdia

Ontem eu estava realmente angustiada.
Queria gritar pro mundo ouvir: EU QUERO QUE ESSAS NOTAS VERDES SE EXPLODAM!
Mas e daí né? As pessoas me olhariam e diriam : que pena dessa garotinha, tão novinha e já tão louca e perturbada.
Talvez eu seja.
Mas ontem, após sair de uma entrevista de emprego, eu estava querendo explodir, chorar, me descabelar.
Primeiro porque achei que tinha ido mal,
Depois, porque não queria ter ido bem.
Dá pra entender?
Saí de lá atordoada e com meu celular tocando freneticamente na bolsa, com milhares de pessoas me perguntando como tinha sido a tal da entrevista, se eu tinha ido bem e se eu tinha conseguido responder a maldita pergunta que me persegue sempre: "o que vc deseja pra você daqui 5 anos?", como se fosse a coisa mais normal do mundo todos saberem, quando na verdade tenho certeza absoluta de que até quem me perguntou isso, não sabe.

Enfim, a única coisa que me acalmou de primeira foi andar pela estação da Sé lotada de gente, em pleno horário de pico, ao som de New York, New York. Me deu vontade de sair dançando, juro.
Após isso, seguindo em direção à minha mais nova casa paulistana, fui abordada por um Sarau na estação Santa Cecilia, onde várias pessoas declamavam poemas lindos, e que me fizeram refletir.
Confesso que já estava quase me desmanchando em lágrimas ali mesmo, me sentindo desamparada e idiota, quando uma frase de um dos poemas me fez voltar em si.
"será que a essência humana é mesmo a porra do dinheiro?".
Aquilo trouxe dentro de mim uma revolta maior ainda, e olhando em volta de todas aquelas pessoas do sarau, eu vi que ali eles faziam o que gostavam, ali estavam felizes, se divertindo, trabalhando com prazer.

Pois é, quando é que eu vou achar algo que realmente me dê prazer?
Quando é que eu vou poder pensar no que eu gosto e quero, ao em véz do que me sustenta e me faz ter uma sobrevida aparentemente luxuosa?
Quando é que eu vou poder decidir quem eu sou o que eu quero e o que pretendo pra daqui 5 anos?

Já que não obtive resposta pra todas aquelas perguntas, a solução do momento foi sair dali, caminhar na chuva e chorar só um pouqinho, pra ver se aqueles pensamentos e medos se esvaiam em um pouco de salgadas lágrimas.

domingo, 25 de julho de 2010

Felicidade

Posso dizer que hoje foi um daqueles dias onde nada, absolutamente nada, pode te tirar o sorriso do rosto.
Muito pelo contrário, tudo te faz esticar os lábios, traduzindo-os então em um belo semblante da mais pura felicidade.
A já manjada lotação do trem, crianças gritando e chorando e pessoas se empurrando, tornaram-se motivos nulos para uma possível e óbvia vontade de surtar.
Olhar pela janela do trem em movimento, foi fácil.
Sem pensamentos confusos, sem medos ou inseguranças.
Senti uma atmosfera de sossego no ar.
Hoje eu estou com essa estranha e, diga-se de passagem, nada comum, sensação de felicidade extrema.
Sinto que estou no lugar e na hora que eu realmente gostaria de estar.
Me sinto completa.

domingo, 11 de julho de 2010

Notas

Um apê em São Paulo que fique perto de tudo e todos.
Um emprego que eu goste e acorde todo dia feliz em ir até ele.
Um salário pra sustentar minhas vontades de consumidora frenética.
Um gato de estimação pra ser minha terapia diária.
Uma calma interior que aquiete minha alma.
Uma paz mental que me dê certezas.
Uma idéia que mude a minha vida.

Por agora, isso me basta.