terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Imagens Escritas

Uma amiga me mandou um email hoje, e me fez relembrar tudo o que eu passei neste ano que está terminando.
Incrível poder enxergar cenas, imagens verdadeiras, de tudo o que ela expressou em palavras.

Aqui vai, um resumo do meu ano, do ano dela, do nosso ano, do seu ano, do ano de muitas pessoas por aí. Cada um com seus detalhes, segredos, medos e emoções.



" Já fiz cosquinhas na amiga só para ela parar de chorar. Me queimei brincando com vela. Fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto. Conversei com o espelho e até brinquei de bruxa!

Quis ser cozinheira, Alice, modelo, mágica, lutadora de boxe e publicitária! Me escondi atrás da cortina e esqueci os pés para fora. Surpreendi pessoas e até eu mesma! Passei trote por telefone. Tomei banho de chuva e viciei.

Magoei, e fui magoada. Roubei beijos, confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Raspei o fundo da panela de brigadeiro. Chorei ouvindo música no metrô. Tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais dificeis de esquecer.

Deitei no gramado para ver estrelas cadente. Subi em árvores para roubar frutas. Caí da escada de bunda. Fiz juras eternas. Escrevi na parede do bar. Tomei pingas. Chorei sentada no chão do banheiro (e de vários neh!?). Fugi de casa para sempre, e voltei no outro instante. Corri para não deixar alguém chorando.

Fiquei sozinha no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só! Já vi por-do-sol cor de rosa e alaranjado. Me joguei na piscina sem vontade voltar! Bebi uísque até sentir meus lábios dormentes, virei muitas doses de vodka em nariz de palhaço! Olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar! Senti medo do escuro, do travão!

Tremi de nervoso. Quese morri de amor, mas renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial! Joguei bebida nos outros. Acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Deitei nos asfalto e não quis levantar! Gritei de felicidade.

Briguei na balada, senti raiva de muita gente. Apostei corrida descalça. Me apaixonei e achei que era pra sempre, mas pra sempre era um "pra sempre" pela metade.

Ganhei canções. Cantei no chuveiro. Deitei no quintal na madrugada para ver a Lua virar Sol. Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão!

Descobri que pode-se amar, e amar. Tive vontade de partir, começar do zero. Pensei em desistir. Cometi algumas locuras. Errei . Acertei. Adorei. Amei.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardado num baú, chamado coração!"

domingo, 10 de outubro de 2010

Sutil Descoberta

Eu sempre acordei cedo pra festejar o sol lá fora.
Nunca me atrasei, perdi a hora.


Hoje eu acordei tarde.
Festejei o escuro,
depois o medo.
Acordei depois da hora,
vi alguma coisa indo embora.
E agora?

Silêncio.
É, hoje o dia foi do silêncio,
plausível, mas sem deixar de ser incômodo pra qualquer mente que, se estivesse ao meu lado, ouviria as minhas angústias gritando, de algum lugar aqui dentro.

Raiva.
Hoje o dia também foi da raiva,
irritantemente pegajosa, que sempre me leva a fazer o que eu não devia.
Lia, relia, relia, e lia.
Mais uma vez, só pra ainda sentir uma pontinha de esperança em não querer ler o que eu reli.

Dúvida.
O dia me levou a muitas dúvidas,
certo, errado, enrolado, acertado, junto, separado.
Qual é mesmo a resposta?
Nem sei mais quais são as perguntas.

Reflexão.
Por último e não menos importante, as reflexões são inevitáveis em minha vida.
Eu reflito o aflito, a aflição do que não quer me deixar em paz, nunquinha nessa vida.

Hoje eu acordei tarde,
mas não pra enxergar certas palavras,
atitudes e gestos que me fizeram mudar aqui dentro.

Sim, em um dia eu mudo muita coisa.
Vivo de evoluções.
Na realidade, revoluções.
Eu mudo e desmudo a hora que eu bem entendo,
e isso todo mundo já sabe, nem eu entendo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

iô-iô

Acordando, sonhando
Indo, vindo
Parando, girando
Chorando, sorrindo
Querendo, negando
Acreditando, mentindo
Esquecendo, lembrando
Voltando, seguindo,
Errando, acertando.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Notas da Discórdia

Ontem eu estava realmente angustiada.
Queria gritar pro mundo ouvir: EU QUERO QUE ESSAS NOTAS VERDES SE EXPLODAM!
Mas e daí né? As pessoas me olhariam e diriam : que pena dessa garotinha, tão novinha e já tão louca e perturbada.
Talvez eu seja.
Mas ontem, após sair de uma entrevista de emprego, eu estava querendo explodir, chorar, me descabelar.
Primeiro porque achei que tinha ido mal,
Depois, porque não queria ter ido bem.
Dá pra entender?
Saí de lá atordoada e com meu celular tocando freneticamente na bolsa, com milhares de pessoas me perguntando como tinha sido a tal da entrevista, se eu tinha ido bem e se eu tinha conseguido responder a maldita pergunta que me persegue sempre: "o que vc deseja pra você daqui 5 anos?", como se fosse a coisa mais normal do mundo todos saberem, quando na verdade tenho certeza absoluta de que até quem me perguntou isso, não sabe.

Enfim, a única coisa que me acalmou de primeira foi andar pela estação da Sé lotada de gente, em pleno horário de pico, ao som de New York, New York. Me deu vontade de sair dançando, juro.
Após isso, seguindo em direção à minha mais nova casa paulistana, fui abordada por um Sarau na estação Santa Cecilia, onde várias pessoas declamavam poemas lindos, e que me fizeram refletir.
Confesso que já estava quase me desmanchando em lágrimas ali mesmo, me sentindo desamparada e idiota, quando uma frase de um dos poemas me fez voltar em si.
"será que a essência humana é mesmo a porra do dinheiro?".
Aquilo trouxe dentro de mim uma revolta maior ainda, e olhando em volta de todas aquelas pessoas do sarau, eu vi que ali eles faziam o que gostavam, ali estavam felizes, se divertindo, trabalhando com prazer.

Pois é, quando é que eu vou achar algo que realmente me dê prazer?
Quando é que eu vou poder pensar no que eu gosto e quero, ao em véz do que me sustenta e me faz ter uma sobrevida aparentemente luxuosa?
Quando é que eu vou poder decidir quem eu sou o que eu quero e o que pretendo pra daqui 5 anos?

Já que não obtive resposta pra todas aquelas perguntas, a solução do momento foi sair dali, caminhar na chuva e chorar só um pouqinho, pra ver se aqueles pensamentos e medos se esvaiam em um pouco de salgadas lágrimas.

domingo, 25 de julho de 2010

Felicidade

Posso dizer que hoje foi um daqueles dias onde nada, absolutamente nada, pode te tirar o sorriso do rosto.
Muito pelo contrário, tudo te faz esticar os lábios, traduzindo-os então em um belo semblante da mais pura felicidade.
A já manjada lotação do trem, crianças gritando e chorando e pessoas se empurrando, tornaram-se motivos nulos para uma possível e óbvia vontade de surtar.
Olhar pela janela do trem em movimento, foi fácil.
Sem pensamentos confusos, sem medos ou inseguranças.
Senti uma atmosfera de sossego no ar.
Hoje eu estou com essa estranha e, diga-se de passagem, nada comum, sensação de felicidade extrema.
Sinto que estou no lugar e na hora que eu realmente gostaria de estar.
Me sinto completa.

domingo, 11 de julho de 2010

Notas

Um apê em São Paulo que fique perto de tudo e todos.
Um emprego que eu goste e acorde todo dia feliz em ir até ele.
Um salário pra sustentar minhas vontades de consumidora frenética.
Um gato de estimação pra ser minha terapia diária.
Uma calma interior que aquiete minha alma.
Uma paz mental que me dê certezas.
Uma idéia que mude a minha vida.

Por agora, isso me basta.

domingo, 27 de junho de 2010

Caos e Cores

Sou uma bagunça de sentimentos e vontades
Um tornado de pensamentos e questionamentos
Uma lamentável e gigantesca dúvida.

Sou calma e feliz
Um dia quente e agradável
Uma luz na escuridão.

Sou triste e amarga
Um conjunto de rancor e decepção
Uma mistura de lágrimas e culpa.

Sou revoltada e vingativa
Um beco escuro e frio
Uma assustadora sede de destruir.

Sou apaixonada e confortável
Um lugar colorido e fresco
Uma vontade fácil de se entregar.

Sou o nada que existe
Um lugar longe e desconhecido
Uma mistura de caos e cores.

sábado, 29 de maio de 2010

Ontem, em minha caminhada diária para o Mackenzie, presenciei várias faces tristes.
Sim, fui observando as pessoas, suas atitudes e seus semblantes, desde o trem aqui na Estudantes, até minha faculdade, e me desanimou ver que ninguém parecia feliz.
Descontentes, incomodados, insatisfeitos, desanimados, pessimistas e tristes.
Uma melancolia dominava o ambiente e tudo em volta dele.
Mas pq?
Será pelo frio e falta de uma cama quetinha que alguns ali careciam?
Será pela fome rotineira e que produz buracos no estômago, que só aumenta, ao ver pessoas comendo uma porção gigante de batata frita bem ao seu lado?
Será pelo cansaço do trabalho exaustivo e massacrador?
Será pelo stress de pegar um transporte público com um número de pesssoas com certeza maior do que o devido,e ver que mais pessoas ainda querem pegar o mesmo transporte?
Será pela falta de perspectiva que assombra a maioria das pessoas?
Não sei..
Acho que infelizmente, o mundo em que vivemos hoje, realmente não nos trás outra cor, além desse cinza frio e mórbido que paira em nossas cabeças desde a hora em que acordamos, até a hora em que finalmente fechamos os olhos.

Triste fim, é o nosso.
Triste fim é o de todas as pessoas que lutam para sobreviver em um mundo caótico como o nosso, onde ninguém consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir sossegado.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vivemos todos em busca de algo que nos faça feliz
A felicidade é um estado de espírito que nos motiva a seguir em frente quando passamos por algo ruim, é também o que nos estimula a viver, para que um dia possamos enfim, encontra-la, senti-la.
Parei pra pensar hoje no que seria felicidade pra mim, e fiquei assustada quando percebi que eu não sabia uma resposta rápida e única.
Mas ai, pensei mais um pouco, refleti sobre o assunto, e cheguei a conclusão de que felicidade é uma sensação momentânea e relativa. Ou seja, ela dá e passa várias vezes ao dia, como uma vontade passageira,e torna-se relativa a partir do momento que seu motivo de felicidade talvez não seja o de seu vizinho ou amigo..
Eu já sou feliz. Isso é um fato.
Alguns dias eu sou feliz o dia inteiro
Outros dias, somente por algumas horas, minutos, instantes.
Descobri que eu não preciso achar o real motivo que me faz feliz.
Só o que eu preciso, é aproveitar esses momentos ao máximo,
e agradecer, por ainda senti-los.

domingo, 9 de maio de 2010

Diga-se de passagem..
sentir o peso do que já foi vivido, bem atrás, nas minhas costas, ver que as coisas simplesmente mudam ou acabam, e não ter como controlar isso, me faz sentir uma certa angústia e falta de ar, certas vezes.
Eu sei que o certo é pensar no momento, vivê-lo, e eu com certeza sempre fiz isso, mas é que atualmente a insegurança se aproxima mais do que devia.
Antes era esporadicamente, hoje parece ser todos os dias.
No trem, na rua, em casa, na balada, dormindo ou acordada
Ñão consigo mais, me focar em nada.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quando eu era pequena e sentia medo de alguma coisa, minha mãe estava lá, de braços abertos, pra me acalmar.
Quando eu era pequena e não entendia alguma coisa, meu pai estava lá, com toda a paciência e vontade do mundo, pra me explicar.
Quando eu era pequena e queria brigar, minha irmã estava ali (haha)- nossas brigas mais pareciam brincadeiras sem fim, de tantas gargalhadas que dávamos juntas.
Quando eu era pequena, o tempo parecia passar mais devagar, durava bem mais, e eu quase me matava de ansiedade, contando os dias para o Natal.
Quando pequena, aprendi a definir o certo do errado.
Quando pequena, aprendi o que é o amor, a amizade, o respeito e o carinho.
- Uma frase clichê que define bem isso : "antes, era tudo bem mais fácil".
A vida as vezes realmente parece um jogo, onde a cada fase, a coisa vai ficando cada vez mais complicada, a ponto de você querer desistir ou acabar pisando em falso mais vezes do que o esperado, resultando assim, em um belo Game Over.
Queremos chegar a todo custo no final de tudo isso, pra enfim, nos sentirmos vencedores de alguma coisa, pq no fundo, criamos uma falsa idéia de que ao longo dos anos, amadurecemos, criamos experiências e acertamos mais em nossas escolhas futuras, chegando em um ponto onde tudo fica realmente perfeito, e nos satisfaz plenamente. Porém, esquecemos que, quando chegamos lá, simplesmente acaba.
E aí, pra onde ir? Pq não voltar?
Infelizmente, nesse ponto, a vida não tem semelhança alguma com um jogo, onde se vc erra ou perde, pode recomeçar quantas vezes quiser.
Hoje eu não tenho mais, o colo da minha mãe. Muito menos, a paciência do meu pai.
Minha irmã, já não mora comigo, o tempo decidiu de repente, passar, correr, voar e o Natal pra mim, se tornou sinônimo de " que pena, mais um ano que passou voando!".
Não consigo agora, definir o que realmente é certo ou errado, pq ambos parecem iguais certas vezes, e muito menos, interpretar um sentimento, que pra mim se tornou um assunto tão confuso.
Ta aí!
Perdi completamente o "controle".
Não sei mais, quais são as regras do jogo.

sábado, 24 de abril de 2010

Ultimamente ando com uma angústia sem explicação aparente.
Uma vontade te ter algo que eu sinto não ter.
Esse sentimento de "quero mais", simplesmente não me deixa em paz.
É uma vontade que queima, dói, chateia - capaz de mudar meu humor da água pro vinho.
É uma sensação de estar faltando sempre alguma coisa essencial.
Eu diria que é um desejo incontrolável de sugar.
Sugar amor, alegria, carinho, pessoas, sentimentos, lembranças.
Sugar tudo aquilo que me faz bem.
Preciso disso todo dia.
Preciso disso constantemente.
Preciso disso aqui, e agora.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não posso esperar ter tudo em minhas mãos e muito menos, achar q eu controlo a minha vida.
Engano triste, esse.
Não posso exigir que todos me entendam e me aceitem como sou, pq infelizmente, já deixei algumas marcas e cicatrizes por aí.
Não posso me sentir mal por não conseguir me dividir em duas, três, mil, e viver várias vidas paralelas, pq talvez aí, eu enlouqueceria de vez, e não teria nada no fim das contas.
Não posso manipular a vida alheia, tentando satisfazer os meus caprichos e egoísmo exagerado, achando que o mundo gira em torno de mim.
Eu simplesmente, não posso.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Por alguns instantes o meu mundo parou de girar
Meu chão caiu
As cores sumiram
Meu coração bateu mais devagar
O tempo fechou
A tempestade que eu tanto esperava, enfim, chegou.

A confiança estremeceu
A coragem se foi
A insegurança voltou
A vontade de querer,adormeceu,
ao mesmo passo que,
a vontade de evaporar e abstrair tudo a minha volta, despertou.

Meu passado decidiu resurgir das cinzas com toda a força
Meus tantos erros anteriores, gritaram por atenção,
me mostrando o quão idiota eu também já fui.

De repente, nada é o que eu esperava
De repente, nada parece ser o que realmente é
De repente, eu não sei a onde pisar ou em que acreditar
De repente, eu fiquei com medo de saber o que realmente é gostar
De repente, o que um dia foi especial, sentiu vontade de virar pó,
cinza, vento, nada.
Vontade essa, que vai e volta
e acaba por me tirar o sono,
deixando-me zonza, perdida, parada.
De repente eu percebi que é muita hipocrisia minha, achar que a vida é ou deveria ser perfeita.
Afinal, o que é perfeição?
- Talvez, o segredo esteja de fato, nos próprios erros, tão julgados e amaldiçoados por quem os comete ou sofre.


Uma vez me disseram que a verdade pode magoar, mas não deixa feridas.
Será?

A única coisa que tenho certeza hoje,
é de que eu enlouqueci mais um pouco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

My head keeps turnin' turnin'
Like Russian roulette
Thoughts are like bullets
I cannot do this
Do this,do this, do this
Do this

How do I feel like?
Alright probably going home
Gonna make it the same
Gonna make it my love time
My love time.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade
é um vulcão.

Oswaldo Montenegro
Eu cansei.
Cansei de pessoas me dizendo o que fazer, pra onde ir em que acreditar.
Cansei de pessoas tentando se mostrar.
Cansei de pessoas me julgando, me afirmando, me concluindo, como se eu fosse um texto, um livro aberto onde todos podem interferir, apagar, reescrever, mudar a história.
Cansei de ver pessoas pisando umas nas outras.
Cansei de tentar mostrar que certas coisas não estão ao meu alcance e eu não tenho o poder de mudá-las.
Cansei de ver pessoas agindo como se fossem coisas sem coração.
Cansei de querer resolver a vida alheia por não me sentir bem com certas situações.
Cansei do olhar de reprovação.
Cansei da maldade
Cansei da Inveja
Cansei das brigas sem motivo
Cansei de ter medo de perder pessoas queridas por coisas inúteis.
Cansei de esperar
Cansei de tentar mudar
Cansei de não ser levada a sério
Cansei de ter que ver e ouvir palavras sujas e sem sentido
Cansei de ter que me sentir um monstro
Cansei de ter que dar satisfação do que faço por aí.
Cansei de levar bronca, por ser quem eu sou
Cansei de ter que seguir sempre, as mesmas regras e monotonias.
Eu cansei de pensar no quanto eu posso ter sido errada,

e ainda ser.
O que querem de mim?
O que eu devo ser
fazer
crer
amar
sentir
odiar
querer
O QUE?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Criar minha própria felicidade e me responsabilizar por ela.
Algo que depende, tão somente,
de mim, e da minha mente.
As coisas em que eu acredito controlam a maneira como eu me manifesto perante os outros. - tanto fisica como mentalmente.
Tenho que parar de andar por aí, procurando a aprovação dos outros,
já que refletindo sobre o assunto, pude chegar a conclusão de que
alguns podem e realmente me darão essa aprovação,
porém outros, não.
Acreditar em mim parece ser a única referência que os outros terão
para de fato, se relacionarem comigo.
Essas pessoas simplesmente me devolverão/refletirão essa certeza,
como se fosse um espelho meu.
Devo, e pretendo,
focar nas coisas que realmente me importam daqui pra frente,
mesmo que o mundo inteiro pense diferente de mim
e ache relevantes,
as coisas q eu simplesmente desconsidero.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Apego

Li esse texto por aí, e acredito ser uma lição de vida, que todos nós deveríamos aprender.

O que significa eu me apegar a algo?
Todos nós vivemos apegados a uma realidade que vivemos no passado ou há um medo de algo que possamos viver no futuro.
Ou estou aprisionada a infância que tive. As crenças, valores e hábitos que meus pais me passaram.
Ou ainda. Vivo amedrontada com tudo o que posso viver.
Vivo com medo do que possa acontecer comigo ou ainda com as pessoas que amo.
Isto faz com que nós não percebamos o presente, pois, estamos aprisionados a um mundo que nós próprios criamos.
(...)
Somos tão apegados a esta realidade interna que construímos que para mantê-las, nós distorcemos, omitimos ou ainda generalizamos aspectos da realidade, dos outros e de nós mesmos.
Isto faz com que as nossas experiências sejam vividas basicamente da mesma forma.
E aí repetimos para nós. Por que isto sempre acontece comigo? Por que as coisas não mudam?
A pergunta correta seria? A que estou tão apegada, que preciso repetir mais e mais vezes a mesma experiência?
Será a uma crença, a uma pessoa do passado, ou ainda a uma ilusão de futuro?
Provavelmente, a um pouco de cada uma destas coisas.
Pois tudo isto, em algum momento, foi necessário e me ofereceu um suporte para viver. Mas agora, talvez eu não precise mais disto.
Talvez eu possa, me desapegar da idéia que tenho a respeito de mim, dos outros e do mundo.
Talvez eu possa mergulhar no vazio do “não saber” para que de fato comece a viver.
Assim, talvez eu possa perceber que cada “Por do Sol” é único.
Que cada experiência traz em si algo novo pois de fato, nada está como estava a um segundo atrás.
Pois a cada momento, eu, assim, como todo o universo estou em profunda transformação.
E assim, posso começar a viver na única realidade, que existe.

“O aqui e agora”.

(autor:Carla Poletti Schmidt - Myonin)

domingo, 21 de março de 2010

365 dias
365 dias felizes
365 dias de tempestade
365 dias de dúvidas
365 dias de certezas
365 dias tentando entender
365 dias de muita confusão
365 dias atraindo loucos
365 dias caindo em um buraco sem fim
365 dias vendo a luz no fim
365 dias errando
365 dias aprendendo
365 dias querendo parar
365 dias querendo continuar
365 dias de brisas eternas
365 dias inesquecíveis
365 dias de história
365 dias que eu nunca pensei que teria
365 dias que eu jamais mudaria.

And after all, this is my wonderland.


sábado, 20 de março de 2010

Desejo angustiante de gritar.
mas se gritar resolvesse, eu já estaria sem voz.
Desejo incontrolável de girar ate tudo parar no seu devido lugar.
mas se girar fosse o suficiente, eu já estaria tonta, caída no chão.
Desejo de correr com os ponteiros do relógio.
mas se ver o futuro me deixasse mais calma, eu já estaria velha.
Desejo de dormir e viver de sonhos.
mas se eu o fizesse, como evitaria meus pesadelos?
Desejo de consertar erros idiotas.
mas se eu consertasse, esqueceria o que eu errei, e provavelmente erraria de novo.
Desejo de ser outra pessoa.
mas se eu fosse, quem eu seria?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Hoje parei pra pensar sobre nós, seres humanos
E não sei pq, me vieram formigas na mente.
Isso me incomodou um pouco.
Nada contra formigas.
Contra formigas!
Agora contra nós..

Sei que muitas formigas juntas, podem levar ao caos.
Mas ainda assim, são apenas formigas
Trabalham, trabalham e trabalham, pra no futuro, ficarem bem.
Será que ficam?
Correm correm e correm, pra não perderem tempo.
Será que não perdem, mesmo assim?
Se protegem e vivem uma vida rotineira, pra não correrem riscos.
Será que vale a pena?
E estou eu, falando de formigas ainda?

As vezes sinto vontade de parar no tempo,
sair fora disso tudo.
Sumir dessa vida monótona.
Mudar essas cenas rotineiras.
Gritar por algo novo.
Desejar o errado
Rejeitar o óbvio.
Mas o que é novo em um mundo onde em um dia, tudo se torna passado?
Um novo ar, uma nova respiração, um novo pensamento, uma nova confusão, um novo medo, uma nova reflexão.
Um buraco novo pra cair,
e um lugar novo pra finalmente, chegar.

É...
Ta aí, o q eu desejo incessantemente, todos os dias da minha vida.
Ta aí, o que tanto me tira o sono, só de pensar
Ta aí, a minha meta, que felizmente
nunca terá um fim.

domingo, 7 de março de 2010

Acho que a hora de crescer já passou.
Acho que fazer merdas já cansou.
Acho que a paciência já esgotou
Acho que alguma coisa, acabou.
Mas outra, começou.
E assim, continuou.
Já se sentiu naqueles giras - giras de parquinho?

Esse sábado foi realmente conturbado. Em todos os sentidos, eu diria.
A noite parecia tão longa e de repente, se esvaiu entre meus dedos, e quando eu vi, estava acordando, meio tonta, achada e perdida com uma puta dor de cabeça, preocupada, chatiada.
Domingos já não são agradáveis, muito menos quando a ressaca te acorda feito um berro, e pior ainda, quando ela dura o dia inteiro, e se aparece toooda, como se fosse bonita e digna de se mostrar.
Apesar de umas discussões, muito choro, coisas perdidas e outras roubadas, o antes de tudo isso valeu a pena. Estar perto de quem se gosta, sempre vale a pena.
O mesmo eu diria pra hoje, domingo quente, com um sol lindo brilhando lá fora.
Estar perto de quem se gosta, mais uma vez valeu o dia, apesar de ter dormido só 3 horas, além da dor de cabeça e do sono, que pareciam não me largar nunca!
Ouvir as histórias de vida da minha avó, escutar o meu avô sorrindo e dando opiniões sbre o fim do mundo e conversar alto com as minhas primas sobre estudos versus baladas, me deixou mais calma.
Me senti Feliz e completa, mesmo que por um único instante.
Senti que tenho comigo, as melhores pessoas do mundo.
Percebi que o q eu quero pra mim, eu já tenho.

sábado, 6 de março de 2010

Estava triste.
Procurei um ritmo.
Encontrei uma música.
Viciei na letra.
Finalmente,
aprendi a cantar..

sexta-feira, 5 de março de 2010

Eu não sou normal
Eu não terei atitudes de uma pessoa normal
Não espere de mim, o normal.
Eu falo o errado na hora errada
Eu tenho atitudes erradas nas horas erradas
Eu decepciono
Eu exagero
Eu nunca sei o meu limite, e quase sempre o ultrapasso, feio.
Sabe de uma coisa?
Ou alguém me interna, ou eu mesma o faço..

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Estou conhecendo uma outra pessoa dentro de mim.
Uma outra Sue, que eu pensava que não existia.
Tem horas que dá medo, vontade de parar por aqui.
Mas, na maioria das vezes, estou gostando dessa nova sue, e de seus novos pensamentos e vontades.
Viva!
Meus 20 aninhos estão aí..

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Em toda a minha vida, eu não tive nunca, uma certeza absoluta.
E, em 19 anos sendo quem sou, a única certeza que tenho hoje, é a de que todas as minhas certezas não passaram de incertezas adormecidas, drogadas e entorpecidas.
Parece deprimente, mas viver dessas incertezas é o que me sustenta.
Não saber pra onde ir, com quem ir e pq ir, me faz querer.
Querer muito.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alice na cidade grande

Quem disse que Alice no país das Maravilhas tem q ser uma história de uma menininha inocente em uma floresta louca?
Pq não, uma menina normal, meio achada, meio perdida, em uma cidade louca?
Apenas uma adaptação, que na verdade não muda muito a ordem dos fatos.
Terça-feira, eu tive que mais uma vez, migrar pra SP, por motivos diga-se de passagem, "profissionais", ha-ha.
Sai de casa as 18 horas, entrei em um trem, e dormi.
As 20 horas, estava eu, andando sozinha por avenidas e ruas movimentadas, que mais pareciam labirintos. Olhava para os lados e via pessoas conversando e gargalhando, outras gritando alto, baixo, um homem... NÃO! Vários homens, dormindo no chão, entre avenidas e pontes, como se fosse a coisa mais confortável ou a mais aceitável do mundo.
Isso não é loucura?
Buzinas cantando em conjunto, luzes de carros, que quando te pegam os olhos, quase cegam, prédios e lojas que mais parecem brigar entre si, pra ver quem chama mais a atenção, e mais pessoas que surgem do além.
Barulhos indentificáveis que soam como música, outros nem tanto, incomodam e te deixam meio atordoada e louca. Paredes rabiscadas, que te fazem parar por um instante, e questionar o real significado daquilo. Ruas esburacadas que tentam te engolir, sinais de trânsito que parecem gostar de nos fazer de completos bobos, quando dançam, revezando suas cores, literalmente bricando com suas luzinhas vermelhas e verdes - as vezes, amarelas.
O que é normal então?
Olhar pra cima, e ver aquelas monstruosidades parecidas com montanhas, mas com pequenas janelinhas. Umas acesas, outras apagadas ou até mesmo, espelhadas.
De longe, meio tonta, vc escuta alguém gritar: "tem q atravessar na faixa!"
FAIXA?
-"Aquelas listras ali, brancas. Tem que pisar nelas pra poder chegar no outro lado da rua."
Coitadas. São pisoteadas diariamente, sem trégua! O que será que fizeram.. ?
É, realmente tudo isso acabou tornando-se natural.
A coisa mais anormal da noite, foi olhar pra cima, mesmo no meio de fumaças com cara de poucos amigos, e conseguir enxergar o céu, lindo como ele é, e ainda contemplar a Lua, que parecia sorrir pra mim.
Depois disso, eu finalmente acordei.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tripping out
Spinning around
I'm underground
I fell down
yeah, I fell down

I'm freaking out
So, where am I now?
Upside down
I can't stop it now

I found myself
In Wonderland

Is this real?
Is this pretend?
I'll take a stand
Until the end

I'll get by
I'll survive
When the world's crashing down
When I fall and hit the ground
I will turn myself around
Don't you try to stop me
I won't cry
Após analisar friamente certas condutas... não só minhas, como de pessoas que convivem comigo, pude concluir que, com o tempo, tudo passa, tudo se "esquece". Eu digo isso entre aspas, pq na realidade fica ali, em banho e maria, adormecido. Se o que você viveu com alguém, foi realmente intenso, quando vc tornar a ver a pessoa, quando vc voltar a ter um contato maior com ela, tudo aquilo q vc passou, TAMBÉM volta. Não do msmo jeito, não com a mesma intensidade, mas o suficiente pra te confundir todo e fazer dos seus dias, pesadelos sem um fim próximo e de suas noites, um monstro com insônia.
E é por isso, que a tedência é o afastamento por necessidade, ou o aproximamento exagerado, louco, até meio psicopata, por simples mazoquismo emocional misturado com uma certa esperança de voltar no tempo.
É assim.

E assim será, até uma vida nova aparecer bem em frente a sua porta ou até você perceber que nada daquilo vale realmente a pena.
Seres humanos tem a capacidade de superar tudo.
Cada um de uma forma.
Cada um em seu momento certo.
Seja por rancor, orgulho, dor ou amor
Superam.

Mas o antes, parece que estará sempre lá.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A tal da fragilidade, que se revela quando menos se espera, as vezes é bem vinda.
Me quebra as pernas, ao mesmo tempo que me faz querer seguir em frente
Me silencia e ao mesmo tempo me faz gritar
Me deixa com medo, mas me faz sorrir
Me faz sufocar e depois suspirar
Me cega momentaneamente, ao mesmo passo que, me faz enxergar o que a tempo estava bem na minha frente.
Me afunda, e depois me arranca os pés no chão, me fazendo voar.
Voar, voar, voar.
A onde será q tudo isso vai dar?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Acordar cedo tem lá suas vantagens.
Hoje por exemplo, fez sol de manhã, e já que a semana inteira ele esteve por assim dizer, ausente, hoje eu resolvi contemplá-lo no quintal, estatelada no chão.
Afinal, o que de melhor eu teria pra fzer em uma terça-feira de férias?
O céu se manteve azul por alguns instantes. De repente, nuvens começaram a aparecer, e eu passei a observá-las com atenção.
No início, a única coisa que consegui pensar, foi que elas realmente pareciam algodões doces, e meu deu uma vontade incontrolável de comer um. Após algum tempo, pude perceber que algumas nuvens corriam sozinhas, já outras, andavam em grupos, calmamente.
Umas pareciam ter pressa de sumir por ai, outras adoraram se mostrar e ficaram um bom tempo no msmo lugar (infelizmente, em cima do meu querido sol).
Olhei mais profundamente, e comecei então, a criar seres, como coelhos, corações, flores, imagens que toda criança adora enxergar nas nuvens. E não é que elas realmente parecem essas coisas mesmo? Acho até que já virou uma certa rotina, serem assim tão semelhantes a coisas do nosso cotidiano! Só não vê, quem não quer.
Eu poderia ficar ali horas a fio, que não sentiria falta nenhuma, do mundo em volta. Parecia até que não escutava mais nada, além de alguns pássaros cantando, ao sobrevoarem as deliciosas nuvens - praticamente deslizavam entre elas.
Tanto me perdi, que quando dei por mim, já estava tomando uma bela de uma chuva.
Refrescou.

domingo, 24 de janeiro de 2010

QUEM SOU EU?
QUEM EU SOU?
QUEM SOU EU?
QUEM EU SOU?
QUEM SOU EU?
QUEM EU SOU?
QUEM SOU EU?
QUEM EU SOU?
QUEM SOU EU?
QUEM EU SOU?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Duas realidades em uma?
Uma realidade dividia em duas?
uma separada da outra?
ou nenhuma?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Eu e minhas crises bizarras
Eu e meus medos de sempre
Eu e minhas grandes confusões
Eu e minhas malditas dúvidas
Eu e meus erros idiotas
Eu e minhas incômodas inseguranças
Eu e meus enganos
Eu, completamente irritada
.
Eu e minha raiva contida
Eu e meu orgulho ferido
Eu e meu arrependimento que quase mata
Eu e minhas decisões precipitadas
Eu e meus sonhos idiotas
Eu e meus complexos sem sentido
Eu e meu egoísmo exagerado
Eu, andando em círculos
Eu e tudo girando
Eu, completamente perdida
.
Eu e meus apelidos
Eu, como sou conhecida
Eu, como me vejo
Eu, como não me mostro
Eu, como queria que me vissem
Eu, completamente confusa, sem saber quem sou de verdade

Parece que meu período de calmaria simplesmente se esvaiu por aí.
Parece que eu entro agora, em mais uma tempestade
e não sei mais, se estou torcendo, pra sair viva dela.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Não importa quem eu sou
o meu nome
o que eu quero da vida
o que eu não quero mais
SEMPRE
terei dias sorrindo
dias chorando
motivos pra pular de alegria
motivos pra querer me jogar pela janela
Nada é tão ruim que não possa ficar pior
e nem tão bom que não possa melhorar
a questão as vezes
é se deixar levar
FATO.