quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alice na cidade grande

Quem disse que Alice no país das Maravilhas tem q ser uma história de uma menininha inocente em uma floresta louca?
Pq não, uma menina normal, meio achada, meio perdida, em uma cidade louca?
Apenas uma adaptação, que na verdade não muda muito a ordem dos fatos.
Terça-feira, eu tive que mais uma vez, migrar pra SP, por motivos diga-se de passagem, "profissionais", ha-ha.
Sai de casa as 18 horas, entrei em um trem, e dormi.
As 20 horas, estava eu, andando sozinha por avenidas e ruas movimentadas, que mais pareciam labirintos. Olhava para os lados e via pessoas conversando e gargalhando, outras gritando alto, baixo, um homem... NÃO! Vários homens, dormindo no chão, entre avenidas e pontes, como se fosse a coisa mais confortável ou a mais aceitável do mundo.
Isso não é loucura?
Buzinas cantando em conjunto, luzes de carros, que quando te pegam os olhos, quase cegam, prédios e lojas que mais parecem brigar entre si, pra ver quem chama mais a atenção, e mais pessoas que surgem do além.
Barulhos indentificáveis que soam como música, outros nem tanto, incomodam e te deixam meio atordoada e louca. Paredes rabiscadas, que te fazem parar por um instante, e questionar o real significado daquilo. Ruas esburacadas que tentam te engolir, sinais de trânsito que parecem gostar de nos fazer de completos bobos, quando dançam, revezando suas cores, literalmente bricando com suas luzinhas vermelhas e verdes - as vezes, amarelas.
O que é normal então?
Olhar pra cima, e ver aquelas monstruosidades parecidas com montanhas, mas com pequenas janelinhas. Umas acesas, outras apagadas ou até mesmo, espelhadas.
De longe, meio tonta, vc escuta alguém gritar: "tem q atravessar na faixa!"
FAIXA?
-"Aquelas listras ali, brancas. Tem que pisar nelas pra poder chegar no outro lado da rua."
Coitadas. São pisoteadas diariamente, sem trégua! O que será que fizeram.. ?
É, realmente tudo isso acabou tornando-se natural.
A coisa mais anormal da noite, foi olhar pra cima, mesmo no meio de fumaças com cara de poucos amigos, e conseguir enxergar o céu, lindo como ele é, e ainda contemplar a Lua, que parecia sorrir pra mim.
Depois disso, eu finalmente acordei.

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